O Mosteiro da Luz (Histórico)

Fundado em 02 de fevereiro de 1774, por Frei Galvão, o Mosteiro da Luz é mantido e administrado pelas Monjas Concepcionistas Franciscanas da Ordem da Imaculada Conceição,
Tendo como exemplo Imaculada Conceição, vivem o mistério de Cristo, a partir da fé, na oração constante, da disponibilidade e do ocultamento silencioso. Assistem aos fiéis que chegam ao Mosteiro em busca de conforto espiritual e/ou material. Uma de suas principais tarefas é a confecção das pílulas de Frei Galvão, de responsabilidade exclusiva das Irmãs Concepcionistas, legado este, deixado por Frei Galvão, assim documentado.

No complexo do Mosteiro da Luz encontra-se:

  • Convento das Irmãs Concepcionistas (Claustro).

  • Túmulo de Frei Galvão, causa da peregrinação de romeiros e devotos, na Capela de Frei Galvão.

  • Distribuição de Pílulas de Frei Galvão aos fieis na Tradicional Roda.

  • Loja de artigos religiosos.

  • Sala da distribuição de pílulas de Frei Galvão aos fiéis.

  • Memorial Frei Galvão, que reúne objetos de uso pessoal e religioso de Frei Galvão.

  • Museu de Arte Sacra de São Paulo – Espaço locado pelas Irmãs à Secretaria Da Cultura do Estado de São Paulo.

  • Exposição permanente de Presépios na antiga Casa do Capelão, locada pelas Irmãs à Secretaria da Cultura do Estado de São Paulo.

  • Convento das Irmãs Concepcionistas (claustro).

  • Gastronomia ( pães, doces confeccionados pelas Irmãs).

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Considerada a mais importante construção arquitetônica colonial do Mosteiro da Luz

O Mosteiro da Luz tem suas origens na igreja em homenagem a Nossa Senhora da Luz, erguida pelo colonizador Domingos Luís, o “Carvoeiro”. A primeira vez que se registra a existência da igreja é numa carta, em 1579 , do Padre Anchieta ao capitão Jeronimo Leitão Coco, locotenente da família Martim Afonso de Souza . Nessa época a igreja localizava-se na região Piranga ( hoje bairro do Ipiranga) .
Por volta de 1600, Domingos Luís transfere a sede da igreja e a imagem de Nossa Senhora da Luz para a região norte do Anhangabaú, conhecida como Guaré (ARROYO,1954). Nessa época, acredita-se que a igreja deveria ser pequena, rica e colorida ( ARROYO,1954:10).
Em 1729, estando a igreja em total abandono, Filipe Cardoso, herdeiro de Domingos Luiz assumiu a sua administração e realizou relevantes mudanças : elevação do frontispício da igreja, construção do muro de cercadura , casas para os romeiros , plantação de uma horta. Após a sua morte, a igreja passou novamente por um longo período de abandono.
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No período de 1765 a 1774, o capitão geral da Província, Dom Luiz Antonio Botelho Mourão ( Morgado Mateus) executou pequenos reparos onde se realizava a festa de sua padroeira , Nossa Senhora dos Prazeres.
Contudo, a parte mais complexa, incluindo o convento, foi construído por Frei Galvão.
Por volta de 1772, uma religiosa chamada Helena Maria do Sacramento teria tido visões de Jesus Cristo para a construção de um convento. Após ter conhecimento de suas visões e confirmando com o clérigo a veracidade das visões, o franciscano Antonio de Sant’ana Galvão, levou a ideia adiante, e mesmo com restrições do Marques de Pombal, que na época proibiu a abertura de novos conventos, conseguiu, em 1774, licença do governo para inaugurar o recolhimento, nos arredores da capela sendo que as Recolhidas deveriam seguir a Regra da Ordem da Imaculada Conceição, fundada por Sta. Beatriz.
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O próprio Frei Galvão projetou e trabalhou na construção do Recolhimento, incluindo a capela.
As obras foram feitas em grande parte por doações e esmolas conseguidas por Frei Galvão e Madre Helena do Espírito Santo.
Em 1788 o conjunto adquire sua feição atual. Nessa época há a inauguração de novos claustros e transferência das irmãs.
Em 1802 é inaugurada a nova igreja ( parcialmente concluída).
Após a morte de Frei Galvão, em 1822, seu sucessor – Frei Lucas da Purificação – prossegue as obras, finalizando o Dourado da Capela e sua frente com uma torre ( o projeto de Frei Galvão eram de duas torres) e constrói o cemitério.
Em 1868, há a venda de parte do terreno ao governo provincial. Historiadores afirmam que as terras ocupadas pelo Recolhimento da Luz, chegavam até o Rio Tamanduateí. Nos terrenos vendidos foram construídos quarteis policiais.
Em 1929 , o recolhimento foi incorporado canonicamente à Ordem da Imaculada Conceição, sendo assim elevado à categoria de Mosteiro.
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Tombamento do Complexo da Luz

Em 1943, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional tombou o Mosteiro .
Em 1970, o IPHAN consegue na justiça a retirada de construções irregulares do terreno. Em convenio com o Governo do Estado de São Paulo, é instalado o Museu de Arte Sacra, na ala mais antiga do Mosteiro da Luz.
Em 1977 tombamento pelo CONDEPHAAT.
Conhecido pela grande espiritualidade que possui, o Mosteiro é também a principal obra colonial de São Paulo, do século XVIII. Além disto, o Mosteiro da Luz, é um dos poucos conjuntos arquitetônicos coloniais que mantém seu uso original.
Dada a sua importância foi declarado como “Patrimônio Nacional Tombado .”
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